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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Papo de Garoto

Ligo para você mais tarde: Um dia no próximo século.

Compromisso: Uma palavra que vale só para o time de futebol.

Preciso de espaço: Para todas as namoradas.

Vamos ver como fica: Recue, estou me sentindo pressionado.

Você gostaria que eu esfregasse suas costas: Quero testar minha sorte.

Não está quente aqui?: Tire suas roupas.

Oi. Sua amiga parece legal: Estou a fim dela e usando você para ganhá-la.

Não esquenta: Não sinto o mesmo que você sente por mim.

Ela é feia / uma lésbica: Ela não ficou a fim de mim.

Não estou pronto para um relacionamento: Pelo menos não com você.

Sou muito independente: Gosto de fazer as coisas do meio jeito, nas minhas condições.

Ainda podemos ser amigos: Acabou e essa é provavelmente a última vez que você vai me ver.

( Cathy Hopkins - Galeras, Paqueras & Beijos Cósmicos)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pessoas distantes = Afeto.

'Por que só nos interessamos por pessoas que moram longe?'

Por que somos pessoas inconsequentes, não sabemos o que queremos, então procuramo-nos achar em pessoas que moram longe, nos enchendo de uma falsa esperança e felicidade para ocultarmos a carência. Somos cegas demais para ver que existem pessoas exatamente iguais as que moram longe, mas somos incapazes de ver...

É fácil gostar de alguém que mora longe e ficar se lamentando e ter a certeza que sempre vais ser acolhida com palavras amáveis quando precisas.
Achamos difícil manter relacionamentos quando a pessoa mora a menos de uma quadra da tua casa. Medo intolerável, espaços pessoais invadidos.

Pessoas que moram longe são fáceis de lidar.
Por isso gostamos delas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Tempos Insanos

O branco das paredes, o vazio das prateleiras e os poucos móveis no quarto faziam a angústia se espalhar por cada centímetro do meu corpo. Meus pensamentos se perdiam, procurando uma maneira de entender, crescer, viver.

Me tira daqui
era tudo que eu queria gritar; jogar os livros no chão, manchar aquela parede branca enjoada. Fiquei em silêncio observando os prédios iluminados, ouvindo o tráfego dezessete andares abaixo de mim. Era irreal, abafado, odioso. De que me adianta morar no centro enconômico do país se não o quero?

O que eu estou fazendo aqui?
era o que eu perguntava, passeando pelo apartamento - branco, de mal gosto- que deveria ser meu porto seguro, que eu via cada vez mais como um hospício. Um hospício onde entrei por livre arbítrio, quem diria. Fui longe o bastante para fugir do passado e agora sinto falta dele. Desconheço essa angustia e abandono.

Como cheguei aqui? Não lembro. A noite dá a resposta óbvia: Fugindo, correndo. As mãos na minha cabeça já não aliviam a dor e tontura que toma conta de mim e a escuridão me envolve com seus dedos frios, em um abraço confortante.

Abro os olhos e vejo meu corpo caído perto da mesa, o chão salpicado de gotas vermelhas e silêncio.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fora de alcançe

As garrafinhas de vodka ocupavam a maior parte da bancada da pia onde o moreno abria duas delas e foi assim encontrado pela garota que saia do quarto amarrando o cabelo.

- Maísa...

Luke virou para a garota, estendendo uma garrafa, que ela pegou sorrindo.

- À melhor ideia: sair de uma festa e fazer outra aqui!

O vidro se chocando em meio as risadas e música, era como a confirmação de um contrato silencioso. Os olhos dele se focaram nos movimentos hábeis dela ao sentar no canto da mesa, olhando pela janela. Conhecia bem demais aquele olhar distante, os braços cruzados e o balançar da garrafa entre os dedos. Passou os braços lentamente pelos ombros dela, suspirando.

- Sei que sente falta.
- Não acho que dê para entender! É complicado, eu... eu ainda o vejo.

Os olhos marejados da morena encararam o garoto, que a abraçou com mais força.

- Você tem que deixar isso ir. Te faz tão mal.

A garota voltou os olhos para a janela, apoiando a cabeça no peito dele.

- É como se ele sempre esti... Ele aparece quando me sinto mal, fala comigo, como se não tivesse... morrido. É real demais, não consigo parar com isso.

Luke encarou a noite, dando um beijo na testa, enquanto lágrimas escorriam pelo rosto dela.

- Você não vai conseguir continuar assim.

Ela novamente encarou o moreno.

- Talvez... sempre que tento deixar parece um fim... de tudo.

Ele a encarou em silêncio, voltando a olhar a janela.

- Parece um fim...


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cartas Guardadas

O silêncio no quarto era absoluto, me fazendo olhar, pela terceira para, para o relógio. O tempo não passara desde a última vez que o havia olhado. Eu tinha um texto pronto, sobre tudo que queria te falar; a intonação perfeita e o momento certo para terminar, friamente calculado.

Estranhamente não tenho mais coragem de discar o número do seu celular, para dizer tudo sem o menor sentimentalismo... inconscientemente estou tentando adiar um fim previsível.

O silêncio no meu quarto me sufocava e era interrompido pela minha respiração acelerada e o leve riscar da caneta no papel.
As linhas que escrevi, contando os seus defeitos, erros, minhas raivas, meu amor e medo, jamais serão lidas por você. Estas a mais irão se juntar as outras, em uma caixa em baixo da cama, esperando que um dia eu tenha coragem suficiente para entrega-las a você.

Quando essa coragem chegar não hesitarei em fazer a coisa certa, mas sei que até lá terei de manter o meu sorriso.

Novamente, o silêncio foi interrompido, mas desta vez pela folha que era dobrada e pelos seus passos que paravam a minha frente, olhando o papel que tinha o seu nome escrito.

E então eu nunca mais tive a chance de esperar a coragem chegar.




quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tenho medo ao notar a maneira que você me envolve. Durante anos nunca foi assim, mas agora seu jeito me prende em um sentimento confuso.
Amor? Não chamaria de tanto, talvez, um gostar exagerado. Quem me dera poder dizer que és meu!
Estranho que pela primeira vez não me sinto mal por alguém não demonstrar o mesmo por mim, só faz com que eu sinta mais carinho.
Obrigada pelo seu jeito de ser, me tratar, e, sim, porque não, sua maneira de me abraçar.

domingo, 23 de agosto de 2009

Descobertas

Eu remexia a comida, lentamente, com o garfo, sem desviar os meus olhos do prato, sentindo que a minha mãe me encarava, estranhando que não falava. Realmente, não era comum eu ficar em silêncio daquele jeito, mas de alguma forma mastigar e observar o meu almoço parecia mais interessante do que desviar a minha atenção para um diálogo sem nexo, apenas formal o suficiente para uma reunião de família.

Complicado realizar que sua própria mãe poderia ser a cópia de um personagem. Quem diria que logo ela seria aquela que me diz quem ou não amar. Admito que fiquei um tanto perplexa quando descobri, mas ao relacionar os fatos, foi isso que descobri.

Ela ainda me encarava quando levantei da mesma silenciosamente, levando meu parto para a cozinha, deixando-o na pia. Peguei uma colher e uma tacinha de vidro com uma sobremesa e uma xícara de café, ouvindo distantemente uma conversa entre meus pais, sem dar muita atenção as palavras soltas que não faziam sentido para mim. Entrei no meu quarto, sentando na pequena poltrona, encolhendo as pernas, deixando meus pensamentos vagando entre as minhas descobertas.
Desta vez a minha indignação e tristeza rolava solta, juntamente com as minhas lágrimas, sem medo de perguntas indiscretas. Tudo que eu precisava entre as minhas quatro paredes era isso.

Suspirei, secando as lágrimas que ainda existiam, voltando a cozinha, silenciosamente, lavando a louça, imaginando que era só eu naquele lugar, não desviando a minha atenção das bolhas que se formavam nos pratos e copos. Imagens distorcidas percorriam a minha cabeça, me mostrando um passado que eu ainda não tinha reparado.

Estranho descobrir uma coisa assim, de uma hora para outra, mas nada tão complicado. Divertido de uma forma. Me dava novas ideias e novas formas de conseguir as coisas do meu jeito. Eu ri.
Talvez no fim não fosse tão horrível assim, mas a raiva não passaria assim. Teria de ser diplomática daqui para frente; acredito que não seria tão difícil...

Afinal, me bastava estar sozinha entre quatro paredes, não precisava do resto do mundo ao meu lado.

sábado, 22 de agosto de 2009

Sorrisos


Não sei porque, mas novamente estava ali; naquela mesma varanda, num horário incrivelmente cedo. Sentei em um dos degraus da varanda de onde eu tinha uma visão perfeita da praia, do mar e do céu.

Sim, parece uma coisa boba, mas todas essas coisas me levaram a perceber como é fácil sorrir. Só as diferentes tonalidades do céu e o sol refletindo no mar me faziam sorrir, pela sua simplicidade e beleza, inundando em um clima de calma e felicidade por alguns instantes.

Enterrei os pés na areia fofa, sentindo um arrepio ao perceber como ainda era gelada, contrastando com o calor ameno que sentia na pele. Observei o sol que subia rapidamente espalhando um tom alaranjado em tudo que sua luz tocava. Era bonito.

Abracei as minhas pernas, apoiando o queixo nos joelhos, fixando o olhar nas ondas cristalinas que, ao chegarem mais perto, se desfaziam virando pequenas poças, antes de retornarem. Naquele momento eu não sentia nada além de bem estar, mesmo sozinha.
Talvez eu tenha superado de vez a necessidade de ser rodeada por pessoas e aprendi a conviver comigo mesma. Não sei dizer... mas há algo que não dispenso...

Virei a cabeça em direção a porta, sorrindo para o garoto parado ali com uma certa cara de cansado. Ri ao ver ele se arrastando em minha direção, sentando ao meu lado, me abraçando, apoiando seu queixo no meu ombro. Observamos a paisagem, em silêncio, por alguns segundos, quando a sua voz rouca se manifestou pela primeira vez naquela manhã
-Obrigado pelos seus sorrisos!



sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Espera

O guardanapo à minha frente não se parecia mais nada com aquele que havia encontrado quando sentei na mesa. Ele havia perdido a forma e foi brutalmente riscado por uma caneta fina como se fosse uma ameaça. Era isso que a ansiedade misturada com o desapontamento causavam. Larguei o guardanapo ao lado do meu prato, sorrindo cordialmente para o garçom, que perguntava se precisava de mais alguma coisa, negando com a cabeça e agradecendo.

Tomei um breve gole do copo de martini, com os olhos fixos a porta com as últimas esperanças que restavam em mim. Desviei-os por alguns segundos para o meu reflexo no vidro do restaurante. Encarava a mulher com os cabelos escuros e compridos caindo soltos pelos ombros, contrastando com a sua pele branca e o vestido vermelho. Gostei do que vi, até mesmo da expressão indiferente nos seus olhos.

Sorri ao ver que ele havia chegado e se dirigia a mim com uma expressão de felicidade. Tão falso, tão sem sentido. Ele veio em minha direção, fazendo o garçom sorrir, como se dissesse 'Graças, que ele veio', tentando me dar um beijo, ao que eu virei o rosto com um singelo sorriso.
Ele sentou com uma expressão confusa, bebendo alguns goles do copo d'água que já o aguardava na mesa, enquanto eu dava o gole final no martini.

Ouvi algumas palavras que ele pronunciava, que pareciam desculpas pelo seu atraso. Eu fingia ouvir e acreditar ele fingia que estava tudo certo. Quando a mão dele se moveu para o cardápio, abri a minha bolsa tirando o dinheiro e deixando-o em cima da mesa. Ele me fitava desconfiado. Levantei com um sorriso que transparecia uma segurança, sem olhar para ele novamente, deixando a mesa. Ignorei os seus chamados. Senti os seus olhos nas minhas costas e os olhares surpresos de todas as pessoas.

Espero agora estar salva. Acreditar que isso acabou. Aceito bem o fato de ser enganada.
Mas aceito melhor ainda deixar a pessoa que me enganou sem a suas respostas.

Me virei pela última vez na direção dele, vendo ele em pé ao lado da cadeira com os braços abertos, como se esperasse que eu voltasse correndo. Ri baixo, desviando os olhos dele, saindo pela porta de vidro que separava a mentira da verdade.


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lágrimas

Eu observava os pequenos flocos de neve caindo em cima da grossa camada que já havia se formado, deixando um brilho branco-azulado na rua vazia. Tudo parecia tão puro, intocado, dando a noite uma calmaria que só eu podia ver e sentir. Estranhamente eu não sentia frio sentada na janela, com as pernas apoiadas em cima do telhado, fazendo pequenas bolinhas de neve. Sim eu seria a única louca a fazer isso no meio da noite, mas aquele cenário me fazia lembrar de todo o meu passado, presente e fazia me imaginar o meu futuro... Como ele seria agora que você se foi para sempre?

Não era mais tão fácil como parecia quando você estava do meu lado. Era tão simples e sem complicações... Jamais vou esquecer do primeiro dia em que te vi e nem do último momento; aquele que me destruiu por inteira ao te ver caído naquela rua. Você escolheu o caminho mais fácil, a morte deveria ser fácil, não é? Espero que sim. Me lembro tão claramente do seu rosto que me dói em pensar que jamais o verei de novo. Eu não consegui dizer adeus e isso me machuca mais ainda.

Abri um pouco mais a janela, sentando de vez no telhado, sentindo os pequenos cristais derreterem na minha pele quente, formando pequenas gotas que iam se misturando com algumas lágrimas que teimavam em cair. Você é um anjo, com esse seu sorriso no rosto. Por favor, me perdoe por chorar, sei que não devo, mas ao observar o final daquela rua e não te ver, me faz ter vontade de te seguir.

A vida é limitada, porém, a lembrança é eterna!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Liberdade

Não sei porque você acha que ainda me importo com todos os seus problemas e a sua raiva se nada isso me pertence mais, se deixei tudo isso para trás quando sai por aquela porta pela primeira e última vez. Nunca mais queria passar por aquilo.
Quero mais é a minha liberdade e saber o que é bom para mim e não para você.
Quem você acha que é para ficar mandando assim em mim? Ninguém... pelo menos para mim.
Não, você não me feriu de maneira alguma. Apenas cansei da sua maneira de agir. Me cansa te ver todos os dias na minha frente. Eu ria de tudo que você fazia, mesmo sendo sério. De que valia ainda? Era tudo uma brincadeira, ou não era para você?
Bom saber que pelo menos nisso concordamos, não era uma brincadeira afinal... E me diga, quem estava certo no começo? Eu que dizia que ia dar errado ou você que ria dizendo que estava tudo bem?


*Deve-se ressaltar que nem todos os textos postados tenham necessariamente algo a ver comigo. São apenas "surtos" de inspiração. Leve na boa - fikdik

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Indispensáveis...


Você já teve alguém que pode chamar de indispensável? Um amigo, namorado?
Eu já, e ainda tenho!

Amigas e amigos que tenho desde A minha infância, aqueles que me aceitam com meus defeitos e me ajudam quando saio de onde nunca deveria ter saído.
São eles que eu considero para o resto da vida os meus pilares em uma formação de caráter
Por que chamar amigos de indispensáveis?
Simples...
O que seria de mim se eu dispensasse os meus amigos? Sozinha ninguém vive e eu nem queria.
Eles me animam, eles viajam comigo, eles passam madrugadas rindo esperando o "por-do-sol".
Tenho tantos motivos para chamar eles de indispensáveis que não seria capaz de listá-los, mas é isso que eles são para mim...

Os amigos mais indispensáveis para mim, os mais valiosos e eternos.
Obrigada a vocês, não sei o que seria de mim sem vocês!

terça-feira, 14 de julho de 2009

E então...


Fim de tudo, o amor não pode ser perfeito; mas acredite... sei viver com isso. Me sinto bem apenas em minha própria presença. Não preciso de companhia a toda hora, pois aprendi a conviver com o meu gênio dificil, mas bom o suficiente para mim... e sim, já foi para você.O passado fica no passado e...
Quem sabe o futuro?
Mas será que realmente quero sabê-lo?
Não!! Quero que ele me surpeenda quando chegar.


domingo, 28 de junho de 2009

Você!!

Não entendo como você anda conseguindo entrar na minha mente desse jeito. Me assusta.
Você com esse seu jeito completamente fora do que sempre imaginei para mim. Uma figura fora dos meus conceitos.
Você é o tipo de pessoa que tenho medo de me apaixonar, porque você não me da saídas nem segurança. Tenho medo que com você eu tenha que ficar ainda mais alerta aos seus movimentos para não cair na sua armadilha.
Não consigo vê-lo realmente, muito menos os seus planos e acho que é isso me dá tanto medo... Não conseguir decifrá-lo me arruína. Só consigo ver aquilo que você quer me mostrar, o que me faz temer o caminho pelo qual eu sigo você.
Você vai dizer 'Falo sério, te amo', eu sei... mas como confiar em palavras que em uma semana perdem o seu valor?
Né, não posso mais fazer isso. Me mostre quem você é, porque eu cansei de charadas e de decifrar as pessoas. ;)


Viradas

Cansaço e angustia andam marcando os meus dias. Não sei explicar ao certo o que esta acontecendo, mas sinto que nada vai certo se isso continuar assim. Sinto uma vontade incansável de jogar tudo pro alto e deixar que tudo tome o seu rumo, sem que eu tenha que continuar me preocupando com isso.
Preciso voltar a encontrar o meu equilíbrio, meu centro, porque tudo isso me cansa. Cansei de passar os dias trancada do quarto tendo como companhias constantes a angustia e um mero copo de coca!!
Vou jogar tudo pro alo, escrever meu próprio sonho! Já que parece que o meu sonho escrito não deu muito certo.
É a minha vez de estar no controle.


Porque as aulas tem que servir para escrever textos, não é? :P

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diferenças...

Você alguma vez parou para observar os corvos? Grandes aves negras, talvez solitárias, mas quem não é? Vivemos no meio das pessoas, mas sozinhas. A maneira que estamos vivendo, nos tira o tempo de administrar os nossos problemas e ficamos sozinhos, como corvos, mas a diferença é... eles podem voar

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tempo

O copo de vinho da mesa indica que o tempo passou desde que cheguei aqui, mas você ainda não pronunciou uma palavra desde então. Você se remexe desconfortavelmente no sofá a minha frente, levanta e vai a janela, enquanto eu fico sentada, esperando.
Sei que me chamou por um motivo e eu conheço ele, mas queria ouvir você dizer que por a culpa em mim, depois de tudo, era fácil. É bom ter em quem descarregar, eu sei. Você não tem mais no que se segurar, nem o que argumentar e me culpa por isso.
Talvez se você repensasse e percebesse que nem sempre os outros são os culpados pelas suas falhas.
O copo de vinho continua intacto e você me observa. Quem sabe, você esperasse me ver sorrindo, dizendo que esta tudo bem. No fundo você sabe que nada disso vai ser real. O tempo passou e não sou mais a garota que vai arrumar os seus erros. Coloco meu copo de vinho na mesa, encerrando um assunto nunca começado, do qual você fugiu o tempo todo.
Percebo a decepção nos seus olhos ao me ver levantar e ir em direção a porta sem pronunciar uma palavra. Paro na porta e me viro, tomando plena consciência do seu medo de arcar sozinho com as consequências. Meus olhos se desviam tristes... Por favor, me desculpe, mas não vou mais ser a culpada!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Places!

Existem tantos lugares no mundo. Diferentes cidades, casas, ruas, lugares onde podemos estar em casa. Durante um tempo viajei, conhecii as pessoas mais diversas com um simples 'Olá', mas jamais me apeguei a qualquer uma ou a qualquer lugar.
Outros aeroportos e novamente outras pessoas. Várias estações em vários lugares. Estou feliz, eu sei, mas quero ir para casa. O lugar onde o Sol é aquele que conheço desde pequena.
Milhares de pessoas e milhares de lugares.
E eu quero apenas um!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Who you are with out me!

Seus jogos já são velhos para mim, não seria a primeira vez que você tenta jogá-los comigo. Querer o impossível é o seu objetivo. E você acha que ainda não percebi? Me jogar contra as pessoas que amo, para que no fim possa recorrer somente a seus braços? Não, obrigada. Comigo nunca!
Os seus 'Te amo's me irritam; o seu dengo e medo exagerado me fazem rir. Você não queria me perder e achou que tivesse criado a figura perfeita que eu poderia 'arrumar' para mim. Me mata te dizer isso, mas cansei de estar calada. Não falarei cuidadosamente...
Não sou a resposta que esta procurando. Você me entendeu errado, não era isso que esperava. Não sou quem vai te salvar.
Guarde sua energia e descubra quem você é sem mim!


Todos já escrevemos cartas e nunca as mandamos...

sábado, 6 de junho de 2009

Memórias

Sinto saudade do passado. Da simplicidade das coisas. Da época onde as preocupações pertenciam a outros mundos e os problemas não tinham lugar na minha cabeça.
Gosto de lembrar do tempo quando no final de tarde de um dia de verão me sentava em um balanço entre duas árvores no fundo do quintal com minha prima ou sozinha...
Lembro exatamente da cor que o céu se tingia pelo por do sol e o cheiro de grama cortada que começava a levantar...
Das brincadeiras e risadas constantes, interrompidas por um choro de raiva.
Sinto saudade do passado. Da facilidade das coisas. Onde as coisas mais simples importavam.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Príncipes

Quem nunca sonhou com um? Com o homem perfeito, que se ajoelharia a nossa frente nos jurando um amor eterno e que lutaria contra qualquer fera para nos ter?!
Realmente, eu sonhei, você sonhou, todas sonhamos. Sonhamos com garotos lindos, charmosos, românticos, poesias e flores.
Será que queremos mesmo um príncipe, ou só alguém que nos faça sentir melhor do que realmente somos? Há controvérsias.
Há quem diga que quer uma alma gemea para se completar. Estranho, eu achei que nascíamos completos...
Há quem diga que quer alguém que fique com elas para sempre.
Pena que nada é como em contos de fadas com grandes finais felizes, pessoas bonitas e risos. Nem tudo é fácil. É difícil, mais complicado do que nos contos de fadas, onde tudo tem o seu toque mágico.
E aquele tal príncipe idealizado, onde ficou? Talvez esteja a nossa frente, de uma maneira não tão idealizada, talvez mais... simples.
Ser sozinha é complicado, estar junto mais ainda... mas quem pode me culpar por querer alguém quando estou só?!

Máscaras

"Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocresia."
Mário Quintana.

Aqueles que se escondem, são os melhores para julgar se é fácil ou difícil deixar a máscara cair para todos.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tempos Ruins...

Você já sentiu que com o passar dos anos você deixou de ser aquela pessoa que você costumava cultivar e pela qual recebia tantos elogios? Eu já. Descobri da pior maneira que ao poucos que me afastava das minhas bases fundamentais me tornei uma pessoa oposta ao que costumava ser. Tudo aquilo que eu repudiava e criticava, era eu.
Se antes eu perguntava como eu seria amanhã, hoje me pergunto como fui ontem. Nunca é dificil se desviar do caminho para uma passagem obscura. Sempre será mais fácil ir do que voltar. Traçamos os nossos caminhos com os companheiros de viagens, mas deixamos nos influenciar facilmente que deixamos tudo ,que custamos a aprender, ir embora em segundos.
Quando você deixa o seu passado e segue em frente, construindo uma máscara para ser aceito, quem e o que você esta criando? Uma mentira. Com esse novo 'você', deixou muito para trás, seu melhores amigos se perdem de você... ou seria, você se perder deles? E se quiser voltar, como te acharão?
Será sozinho que achará o caminho de volta, com ajuda da voz dos seus amigos que tentarão te resgatar.
Aceite ajuda daqueles que te acompanham desdo começo, são eles que aprenderam a te aceitar como você é e eles te fizeram, não outros. O caminho será dificil, mas você tera ajuda...

Sim, eu passei por isso. E agradeço a Andréa, aquela que nunca desistiu de mim, aquela que continou a acreditar que eu poderia voltar. Obrigada Andie, por tudo!


Mundos...

Depois de muito tempo fui entender as atitudes das pessoas. Todos os medos exagerados, as mentiras, os segredos para que? Para nunca serem descobertos ou somente para se integrarem a massa?
Mas vejamos bem, todos dizem que se acharam. Que bom, já estava na hora, estamos precisando um pouco de tranquilidade, não é?
Eu não consigo acreditar nisso. Sempre fomos diferentes dos outros, de certa forma especiais, com uma cabeça própria, rápidos e perigosos... Até nos encontrarmos, ou seja, nos adaptamos a sociedade e nos encontrar significa ser aceito.

Será que entendo mesmo as pessoas? Começo a ter as minhas duvidas. Acho que tenho medo de entender o mundo dos outros. Gosto do meu mundo. Nele eu sei como as coisas funcionam, mas os outros... simplesmente me assustam.