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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Papo de Garoto

Ligo para você mais tarde: Um dia no próximo século.

Compromisso: Uma palavra que vale só para o time de futebol.

Preciso de espaço: Para todas as namoradas.

Vamos ver como fica: Recue, estou me sentindo pressionado.

Você gostaria que eu esfregasse suas costas: Quero testar minha sorte.

Não está quente aqui?: Tire suas roupas.

Oi. Sua amiga parece legal: Estou a fim dela e usando você para ganhá-la.

Não esquenta: Não sinto o mesmo que você sente por mim.

Ela é feia / uma lésbica: Ela não ficou a fim de mim.

Não estou pronto para um relacionamento: Pelo menos não com você.

Sou muito independente: Gosto de fazer as coisas do meio jeito, nas minhas condições.

Ainda podemos ser amigos: Acabou e essa é provavelmente a última vez que você vai me ver.

( Cathy Hopkins - Galeras, Paqueras & Beijos Cósmicos)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pessoas distantes = Afeto.

'Por que só nos interessamos por pessoas que moram longe?'

Por que somos pessoas inconsequentes, não sabemos o que queremos, então procuramo-nos achar em pessoas que moram longe, nos enchendo de uma falsa esperança e felicidade para ocultarmos a carência. Somos cegas demais para ver que existem pessoas exatamente iguais as que moram longe, mas somos incapazes de ver...

É fácil gostar de alguém que mora longe e ficar se lamentando e ter a certeza que sempre vais ser acolhida com palavras amáveis quando precisas.
Achamos difícil manter relacionamentos quando a pessoa mora a menos de uma quadra da tua casa. Medo intolerável, espaços pessoais invadidos.

Pessoas que moram longe são fáceis de lidar.
Por isso gostamos delas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Tempos Insanos

O branco das paredes, o vazio das prateleiras e os poucos móveis no quarto faziam a angústia se espalhar por cada centímetro do meu corpo. Meus pensamentos se perdiam, procurando uma maneira de entender, crescer, viver.

Me tira daqui
era tudo que eu queria gritar; jogar os livros no chão, manchar aquela parede branca enjoada. Fiquei em silêncio observando os prédios iluminados, ouvindo o tráfego dezessete andares abaixo de mim. Era irreal, abafado, odioso. De que me adianta morar no centro enconômico do país se não o quero?

O que eu estou fazendo aqui?
era o que eu perguntava, passeando pelo apartamento - branco, de mal gosto- que deveria ser meu porto seguro, que eu via cada vez mais como um hospício. Um hospício onde entrei por livre arbítrio, quem diria. Fui longe o bastante para fugir do passado e agora sinto falta dele. Desconheço essa angustia e abandono.

Como cheguei aqui? Não lembro. A noite dá a resposta óbvia: Fugindo, correndo. As mãos na minha cabeça já não aliviam a dor e tontura que toma conta de mim e a escuridão me envolve com seus dedos frios, em um abraço confortante.

Abro os olhos e vejo meu corpo caído perto da mesa, o chão salpicado de gotas vermelhas e silêncio.