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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Assassina de Aluguel

A respiração acelerada e os batimentos cardíacos eram uma dica fatal para me econtrar no meio do silênico da floresta noturna. Escorei a cabeça na árvore, acalmando a minha respiração, baixando meu pulso, tentando me concentrar nos ruídos a minha volta. Varri o local com os olhos, vendo apenas o contorno escuro das outras árvores e alguns arbustos, me concentrando em algum formato disforme que pudesse indicar algo não natural para aquele ambiente.

Puxei o pequeno pager do meu bolso, digitando uma mensagem codificada para David, alertando-o sobre a caçada e onde me encontrar.Guardei o pager, levantando lentamente, andando alguns passos antes de parar e me voltar para trás.
Soltei um gemido baixo ao sentir o corpo do loiro se jogando contra o meu, me pressionando contra o chão. Senti ele empurrando meus ombros com os joelhos mantendo a mão na minha boca.

- Logo você desprevinida, pequena Lene?

Balancei a cabeça, quase rindo, deixando ele levemente intrigado, antes de envolver o pescoço dele com minhas pernas puxando ele para trás. Apertei seus braços contra o chão, puxando uma pequena navalha. Econstei-a no seu rosto, fazendo cortes precisos, deixando os gritos dele ecoarem pela noite. Me abaixei susurrando perto do seu ouvido.

- Pode gritar o quanto quiser, ninguém vai te ouvir aqui fora.

Senti ele fazer um movimento brusco, ri, balançando a cabeça.

- Nem adianta tentar.

Cravei a navalha com força no braço dele, colocando a mão sobre o nariz dele, deixando-o inconsciente.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Assassina de alugel

Ouvia as vozes esparsas da televisão ao fundo, enquanto eu passava os olhos pelos jornais daquela semana. Não se falava de outra coisa. O assassinato havia sido um sucesso, não só para as manchetes dos jornais mas também para a minha conta bancária.

Levantei cansada, jogando os jornais no lixo, apagando a televisão, encarnado o meu reflexo na janela escura. Lentamente as coisas começavam a fazer sentido. Eu era uma das assassinas mais procuradas do país e eles não faziam ideia que que fosse realmente eu. Ri baixo. Humanos são tolos... não querem ver o que esta exatmente a sua frente.

Disquei o número particular de um delegado.

- Alô!?
- Delegado David... Que bela surpresa, não?

Ouvi a risada grossa do meu amigo do outro lado, provavelmente, levantando da cama.

- Lene... você realmente fez sucesso dessa vez, mas vamos ter um problema.

Senti minha respiração parar por alguns segundos. Nós nunca havíamos tido problemas e eu não poderia ter falhado neste caso. Esperei ouvir uma risada, mas percebi que ela não viria tão logo.

- O Ed vai nos trazer problemas. Ao que parece ele esta recuperando a memória... Se ele lembrar de você, eles vão fazer a ligação entre os outros 4 mortos. Você tá longe?

Dei uma risada longa.

- Ah, o Ed. Coitado... bem, de qualquer forma estou longe o suficiente para não ser achada. Você me conhece. Manteremos contato. Boa noite.

Desliguei o telefone sentindo meu coração desacelerar lentamente. Abri a janela deixando o ar frio do campo entrar por ela.
Voltei aquela noite do assassinato, sentindo uma leve tristeza. Havia sido divertido. As brincadeiras, os presentes, as traições, mas nada, havia sido mais prazeroso do que a morte lenta que o moreno tivera naquela noite.

As leves batidas na porta me tiraram do passado. Abri a porta lentamente, com um sorriso, que desabou no mesmo segundo que reconheci os olhos verdes e aquele cabelo loiro bagunçado. Recuei dois passos pronta para fechar a porta, mas a mão dele na porta e o sorriso maldoso me impediu.

- Quanto tempo, Lene.